A operação batizada de “Guardiões da Montanha”, que é um desdobrando da operação “Arco de Fogo”, executadas pelo IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e a Polícia Federal, com apoio da Polícia Militar de Meio Ambiente de Minas Gerais, é realizada em todo o País, com fiscalização de madeireiras que estariam comercializando madeiras extraídas da Amazônia.
Desde o dia 26/05/2008, madeireiras de Belo Horizonte-MG e região metropolitana estão sendo vistoriadas, para constatar irregularidades. Mais de 560 mil m³ de madeira extraída ilegalmente da Amazônia foram apreendidas em madeireiras de Minas Gerais, neste período apenas. Além disso, 40 multas foram aplicadas, cujos valores somados chegam a R$ 457 mil. Dezessete caminhões e oito reboques foram apreendidos.
São Paulo, atualmente é a maior rota da madeira ilegal extraída no norte do País, correspondendo a 23% do total. Minas Gerais vem em segundo lugar com 11% e Paraná com 6%, conforme declarou Aristides Salgado Guimarães, coordenador do IBAMA em Minas.
Para combater o aumento do desmatamento na Amazônia na época da seca, o IBAMA pretende dar continuidade a essa operação, entre junho e julho, mais de 100 operações em conjunto com a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, o Exército Brasileiro, o Instituto Chico Mendes, a FUNAI – Fundação Nacional do Índio, e os órgãos estaduais de meio ambiente.
Segundo o IBAMA, empresas onde forem constatadas irregularidades serão autuadas, lacradas e bloqueadas no DOF. Os proprietários serão responsabilizados e encaminhados à DEMA – Delegacia de Crimes Ambientais da Polícia Civil. Os instrumentos utilizados nas infrações serão apreendidos e encaminhados para a Superintendência do IBAMA em Goiás para os procedimentos legais de destinação.
Toda madeira sem comprovação de origem será apreendida e transportada para local determinado pela coordenação da equipe do IBAMA, até posterior doação para obras públicas ou de interesse social.
Para combater o aumento do desmatamento na Amazônia na época da seca, o IBAMA pretende realizar, entre junho e julho, mais de 100 operações em conjunto com a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, o Exército Brasileiro, o Instituto Chico Mendes, a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), e os órgãos estaduais de meio ambiente.
Antes de ir a campo, com o apoio da Agência Municipal de Meio Ambiente, os fiscais fizeram levantamento da situação de cada uma das empresas. Foram verificados dados do Sistema de Origem Florestal (DOF) e do Cadastro Técnico Florestal (CTF). Segundo o diretor de Proteção Ambiental do IBAMA, Flávio Montiel, as operações serão orientadas pelas imagens de satélite do sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), visando áreas onde aconteceu desmatamento nos últimos 15 dias.
Além das ações para impedir a derrubada de árvores, o IBAMA pretende autuar estabelecimentos que comercializam a madeira retirada ilegalmente. “Associado a essa ida a campo para combater o desmatamento na origem, nós vinculamos essa área às madeireiras e serrarias que estão recebendo madeira que vem da floresta”, acrescentou Montiel.
O diretor de Proteção Ambiental do IBAMA ressaltou ainda que as ações de combate ao desmatamento estejam associadas a medidas que gerem alternativas de renda às populações. “Associado às operações Arco de Fogo e Guardiões da Amazônia está a operação Arco Verde, que inclui um conjunto de medidas de fomento ao desenvolvimento sustentável da região, ao ordenamento territorial e a ações emergenciais de caráter social”, explicou.
Fernand Koda