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Ministro Gilmar Mendes Solta 11 Envolvidos na “Operação Satiagraha”. Impunidade á Vista ? Saiba Porque !

Colarinho Branco vai para a cadeia ? Não para a justiça brasileira. Pobre têm prioridade.

Para quem não entende os procedimentos judiciários fica a sensação de impunidade no ar, só que a impunidade verdadeira esta no tramite levar do andamento dos processos, que se permite que o processo seja retardado de forma quase infinita, pelas tantas apelações e recorreções possíveis, sem contas prazos, convocações e vistas, apenas para enrolar e demorar.

Tudo isso com a conivência da legislação, do judiciário, do executivo e da OAB. Afinal defesa de clientes, hoje é uma indústria que move milhões de reais.

Existe escritório de advocacia e consultoria que faturam altas cifras para defenderem corruptos e criminosos, onde se envolvem, em muitos casos, com os envolvidos (ou já não estavam envolvidos).

Sabe-se de antemão que a figura do advogado esta longe de ser um braço da justiça e sim um individuo ou organização, que tem bom transito e influencias com magistrados e políticos, permitindo-se usar as brechas da lei, para favorecer seus clientes.

No caso dos juízes, idem, salvo algumas raríssimas exceções como o ministro Joaquim Barbosa (será que é porque é o único negro na STF – Supremo Tribunal Federal e deve saber o que é injustiça ?).

Bom, não se iludam, nesta operação ninguém será julgado rapidamente (mais de 5 anos, no mínimo) e ninguém ficará preso, talvez um “laranja” que servirá de “bode expiatório”.

Voltando ao mega-especulador Daniel Dantas e família Oportunnity, foi solto da carceragem da Polícia Federal nesta madrugada, por habeas corpus conseguido com o presidente do STF, Gilmar Mendes (que deu sinais claros do que faria), o banqueiro foi intimado a prestar depoimento ainda antes de ter deixado o prédio da PF. A intimação tão rápida foi uma estratégia do delegado Protógenes Queiroz e equipe para impedir que Dantas e outros 3 dos 11 libertados – a irmã Verônica, a diretoria jurídica Daniele Ninnio e o diretor do grupo, Arthur de Carvalho – criassem dificuldades para serem ouvidos pela Justiça.

As criticas sobre a PF vem diretamente de magistrados, políticos e AOB. Por quê ? São os interessados a que a PF continue engessada. A justiça deve ser cega, muda e surda (segundos os mesmos).

Parabéns a Polícia Federal, parabéns ao ministro da justiça Tarso Genro, aos delegados envolvidos, aos policiais federais envolvidos, promotores e funcionários públicos que participaram da operação. A população brasileira agradece as ações e que continuem com força, prendendo e algemando essas infestações da sociedade, que só respeitam o dinheiro (de preferência o público, que não tem dono).

Alguém sabe informar o que pensa o Sr. Lula a respeito de tudo isso. Ele não sabe, não viu e nem é com ele. Pobre brasileiros.

A Operação, a Polícia Federal se dividiu e viveu uma fratricida luta interna em torno das investigações que levaram à prisão do banqueiro Daniel Dantas. O delegado Protógenes Queiroz, indicado pelo ex-diretor da PF Paulo Lacerda para conduzir a “Operação Satiagraha”, perdeu condições logísticas e chegou a ser afastado da ação policial. O diretor geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, até as vésperas da prisão não tinha acesso às informações nucleares.

Infelizmente existe corrupção também dentro da PF. Não tenham duvidas.

Mais uma vez. Meus parabéns a todos envolvidos na prisão e ao apoio da mídia, com imagens fortes e exclusivas. Parabéns à Rede Globo (que não se deixe intimidar). Parabéns a César Tralli (reportes policial, que cobriu a investigação e as prisões).

Fernand Koda

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Mais uma vez Dep. Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) se Contradiz no Caso BNDES

O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, apresentou nesta quarta-feira (09/07/2008) uma nova versão para a doação de um apartamento pelo ex-conselheiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), João Pedro de Moura, a ONG Meu Guri, presidida pela mulher de Paulinho, Elza Pereira.

Paulinho e Moura são acusados de participar de um esquema de desvio de recursos do BNDES. A quadrilha foi desmantelada pela Polícia Federal durante a Operação Santa Tereza.

Até terça-feira (08/07/2008), Paulinho sustentava a versão de que o apartamento foi doado por Moura à ONG. O imóvel, estimado em R$ 80 mil, não foi utilizado pela instituição e acumulou dívidas de impostos e taxas por alguns anos. O deputado argumentava que Moura resolveu, então, recomprar o apartamento por R$ 37,5 mil, abatendo as dívidas.

Na retomada do depoimento nessa quarta-feira, Paulinho trocou a versão apresentada até agora. Segundo ele, Moura assinou na verdade uma procuração para que Elza Pereira vendesse o imóvel. O dinheiro da venda iria para os cofres da ONG Meu Guri.

Segundo a nova versão do deputado, ele disse a Moura que não seria justo ele deixar as crianças sem nada, depois de doar o apartamento. “Aí nós dissemos que ele não podia levar o apartamento e não deixar nada para as crianças e aí ele fez uma doação de R$ 37,5 mil. Não era justo que ele apenas pegasse o apartamento de volta”, contou o deputado.

A operação suspeita abre margem para interpretações da Polícia Federal. Uma delas é que o valor se refere na verdade a duas partes de uma propina de aproximadamente R$ 18 mil, que era paga para os integrantes do esquema de desvios do BNDES.

Aí fica claro que na verdade o que o Paulino deseja é encobrir e ter justificativa para o recebimento dessas parcelas. Quero ver como ele vai explicar as demais parcelas.

Para quem não se lembra o Paulinho da Força era o candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por Ciro Gomes, nas eleições presidências de 2002, mas teve que desistir do pleito ainda da data, por ter seu nome envolvido em uma serie de acusações feitas à época pela revista Época.  Por causa dessas acusacoes renunciou à chapa.

Veja mais sobre o caso envolvendo Paulinho à epoca (2002).

Veja a materia da Revista Época e os esclarecimentos dados por Paulinho, em 2002.

 

 

As investidas de Paulo Pereira da Silva, em negócios obscuros não são de hoje.

Fernand Koda

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Operação ”Satiagraha” da PF prende Daniel Dantas, Celso Pitta e Naji Nahas. Mas na Quinta-feira 09/07/2008 (as 23:50) ministro Gilmar Mendes Mandou Soltar

Operação da PF prende Daniel Dantas, Celso Pitta e Naji Nahas

Eles foram presos em operação que investiga desdobramentos do mensalão.

A PF – Polícia Federal, nesta terça-feira, dia 08/07/2008, deflagrou a operação ”Satiagraha” e prendeu o banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunity, o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta e o empresário Naji Nahas, além de executar mais 21 mandados de prisão e 56 de busca e apreensão, expedidas pela 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo, são cumpridos por 300 policiais em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Salvador.  Carros de luxo foram apreendidos e encaminhados à sede da PF em São Paulo.

Essa operação investiga desdobramentos do caso mensalão e tem andamento há 4 anos, iniciada por informações repassadas pelo STF – Supremo Tribunal Federal, para a Justiça Federal de São Paulo.

Em São Paulo, foram presos Celso Pitta e Naji Nahas. No Rio, Daniel Dantas, a irmã Verônica Danyas e outras pessoas ligadas ao banco Opportunity (inclusive mais parentes). A PF informou que os três detidos encabeçam quadrilha que tem cometido crimes financeirosa além da tentativa de suborno de delegado federal (confirmada por imagens e materia da Rede Globo). Os presos na operação podem ser indiciados por corrupção, suborno, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, sonegação fiscal e formação de quadrilha, de acordo com nota divulgada.

A Investigação

Durante a apuração do caso, a PF identificou pessoas e empresas beneficiadas pelo suposto esquema montado pelo empresário Marcos Valério, que já está sendo processado pelo mensalão, para desviar recursos públicos.

O chamado esquema do mensalão envolvia o suposto pagamento de dinheiro a deputados da base aliada do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em troca de apoio no Congresso.

A PF acredita que uma suposta organização comandada por Daniel Dantas teria se beneficiado dos recursos públicos e montado empresas de fachada para o desvio das verbas, com ligação ao mensalão. O grupo de Naji Nahas é formado por empresários e doleiros que atuavam no mercado financeiro para fazer a lavagem do dinheiro.

As três figuras principais desta operação, batizada de “Satiagraha”, que significa resistência pacífica e silenciosa, conforme nota da PF, são figuras que sempre tem seus nomes envolvidos em desvios de verbas e lavagem de dinheiro, tenho outros processos arrolados em função desses descaminhos.

E não é de hoje que toda descoberta de lavagem de dinheiro, corrupção (ativa e passiva), desvio de verbas ou improbidade administrativa associada à apropriação de dinheiro publico, passa pelos nomes de : Celso Pitta, Naji Nahas, Daniel Dantas, José Dirceu, Marcos Valério, Paulo Maluf, entre outros.

E necessariamente contam com a estrutura do governo Lula, que alega nada saber.

A eleição já vem ai. O povo tem os governantes, políticos e empresários que merecem. O montante de dinheiro envolvido é a bagatela de algo perto dos R$ 3 bilhões.

E ainda, em entrevista concedida a Globo News, o advogado de Daniel Dantas, Nélio Machado afirma que seu cliente tem violentado seus direitos constitucionais e o mesmo é vitima contumaz da postura equivocada a Polícia Federal. Cara de pau, esse Nélio Machado. O seu cliente está no lugar que lhe cabe, ao menos por 1 ou 2 dias, até algum juiz lhe conceder um Habeas Corpus (isso no dia 08/07/2008).

Hoje, dia 09/07/2008, basta observar os comentário do Presidente do STF, Gilmar Mendes, criticando o honrado trabalho da Polícia Federal, dizendo inclusive não ser compatível, algemar os indiciados (como senão fosse bandidos). Acho para para o ministro do STF, para pobre pode. Faltou chamar os integrantes desta quadrilha em cidãdos de bem.

Agora adivinha quem vai julgar hoje, o Habeas Corpus, impetrado pelos advogados de Dantas : ministro Gilmar Mender. Dá para antecipar o resultado.

Na quinta-feira (09/07/2008), já a noite, o ministro presidente Gilmar Mendes (que deveria estar de plantão) concedeu o habeas Corpus a Dantas. Era 23h50min. Gilmar Mender não merece comentário, só uma pergunta. O que tem por trás de tudo isso ? Daqui a pouco aparece.

Fernand Koda

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IBAMA e a Operação “Guardiões da Montanha” Fiscalizam Madeireiras de Belo Horizonte, em 10/06/2008.

A operação batizada de “Guardiões da Montanha”, que é um desdobrando da operação “Arco de Fogo”, executadas pelo IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e a Polícia Federal, com apoio da Polícia Militar de Meio Ambiente de Minas Gerais, é realizada em todo o País, com fiscalização de madeireiras que estariam comercializando madeiras extraídas da Amazônia.

Desde o dia 26/05/2008, madeireiras de Belo Horizonte-MG e região metropolitana estão sendo vistoriadas, para constatar irregularidades. Mais de 560 mil m³ de madeira extraída ilegalmente da Amazônia foram apreendidas em madeireiras de Minas Gerais, neste período apenas. Além disso, 40 multas foram aplicadas, cujos valores somados chegam a R$ 457 mil. Dezessete caminhões e oito reboques foram apreendidos.

São Paulo, atualmente é a maior rota da madeira ilegal extraída no norte do País, correspondendo a 23% do total. Minas Gerais vem em segundo lugar com 11% e Paraná com 6%, conforme declarou Aristides Salgado Guimarães, coordenador do IBAMA em Minas.

Para combater o aumento do desmatamento na Amazônia na época da seca, o IBAMA pretende dar continuidade a essa operação, entre junho e julho, mais de 100 operações em conjunto com a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, o Exército Brasileiro, o Instituto Chico Mendes, a FUNAI – Fundação Nacional do Índio, e os órgãos estaduais de meio ambiente.

Segundo o IBAMA, empresas onde forem constatadas irregularidades serão autuadas, lacradas e bloqueadas no DOF. Os proprietários serão responsabilizados e encaminhados à DEMA – Delegacia de Crimes Ambientais da Polícia Civil. Os instrumentos utilizados nas infrações serão apreendidos e encaminhados para a Superintendência do IBAMA em Goiás para os procedimentos legais de destinação.

Toda madeira sem comprovação de origem será apreendida e transportada para local determinado pela coordenação da equipe do IBAMA, até posterior doação para obras públicas ou de interesse social.

Para combater o aumento do desmatamento na Amazônia na época da seca, o IBAMA pretende realizar, entre junho e julho, mais de 100 operações em conjunto com a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, o Exército Brasileiro, o Instituto Chico Mendes, a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), e os órgãos estaduais de meio ambiente.

Antes de ir a campo, com o apoio da Agência Municipal de Meio Ambiente, os fiscais fizeram levantamento da situação de cada uma das empresas. Foram verificados dados do Sistema de Origem Florestal (DOF) e do Cadastro Técnico Florestal (CTF). Segundo o diretor de Proteção Ambiental do IBAMA, Flávio Montiel, as operações serão orientadas pelas imagens de satélite do sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), visando áreas onde aconteceu desmatamento nos últimos 15 dias.

Além das ações para impedir a derrubada de árvores, o IBAMA pretende autuar estabelecimentos que comercializam a madeira retirada ilegalmente. “Associado a essa ida a campo para combater o desmatamento na origem, nós vinculamos essa área às madeireiras e serrarias que estão recebendo madeira que vem da floresta”, acrescentou Montiel.

O diretor de Proteção Ambiental do IBAMA ressaltou ainda que as ações de combate ao desmatamento estejam associadas a medidas que gerem alternativas de renda às populações. “Associado às operações Arco de Fogo e Guardiões da Amazônia está a operação Arco Verde, que inclui um conjunto de medidas de fomento ao desenvolvimento sustentável da região, ao ordenamento territorial e a ações emergenciais de caráter social”, explicou.

Fernand Koda

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“Operação Segurança Pública” Prende Álvaro Lins e Acusa Garotinho. Alerj Manda Soltar. Rio não Merece esses Políticos !

O MPF – Ministério Público Federal ofereceu denuncia ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho, o ex-chefe da Polícia Civil e deputado estadual Álvaro Lins (PMDB-RJ) e mais 14 pessoas. Segundo a denúncia, eles são integrantes de organização criminosa que usa a estrutura da Polícia Civil para praticar lavagem de dinheiro, facilitação de contrabando e corrupção passiva, formação de quadrilha armada, dando principal apoio à máfia dos caça-níqueis.

A Polícia Federal cumpriu nesta quinta-feira (29/05/2008) sete mandados de prisão preventiva contra policiais civis denunciados e realiza busca e apreensão em 16 endereços locais (incluindo casas do ex-governador Garotinho). Álvaro Lins foi preso no início da manhã, em flagrante delito, por policiais federais, na chamada “Operação Segurança Pública”.

Segundo as investigações e escutas telefônicas autorizadas pela justiça, a quadrilha seria responsável pelos crimes de facilitação de contrabando, por não reprimir a atividade de exploração de máquinas caça-níqueis pelo grupo criminoso de Rogério Andrade, e de corrupção ativa e passiva, relacionados diretamente com as atividades da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente.

Garotinho foi denunciado pelo fato de garantir politicamente a manutenção do grupo de Álvaro Lins à frente da Polícia Civil. Tiveram a prisão preventiva decretada, para garantia da ordem pública e da instrução criminal, os policiais civis Ricardo Hallak, Alcides Campos Sodré Ferreira, Fábio Menezes de Leão, Helio Machado da Conceição, Jorge Luiz Fernandes, Luiz Carlos dos Santos e Mário Franklin Leite Mustrange de Carvalho.

Já Álvaro Lins, não é a primeira vez que vê seu nome envolvido em escândalo semelhante, à época em que foi nomeado pela ex-governadora Rosinha Garotinha (mulher de Anthony Garotinho), como chefe de policia civil carioca, já havia denuncias de corrupção e formação de quadrilha organização contra si. No ano de 2006, a Polícia Federal o acusou de integrar a máfia dos caça-níqueis. Em abril deste ano, o ex-chefe da Polícia Civil foi absolvido pelo Ministério Público das acusações de fraude no auxílio-educação disponibilizado pela Assembléia. As provas, agora estão aí.

Porém, com extrema eficiência negativa e senso de responsabilidade, o plenário da ALERJ – Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, envergonhando a população carioca e brasileira, aprovou na tarde desta sexta-feira (30/05/2008), com 40 votos a favor e 15 contra, decreto que permitiu a soltura do deputado estadual Álvaro Lins (PMDB-RJ). Eram necessários 37 votos para a aprovação. A medida tem respaldo no artigo 53 da Constituição Federal. Às 17h45, cerca de uma hora após a ordem de soltura da Alerj, Lins deixou a sede da Superintendência da Polícia Federal, no Rio de Janeiro, onde estava retido.

É preciso lembrar que dos 70 deputados que compõem a ALERJ, 35 deles tem problemas com a justiça e mais alguns são investigados.

É um voto mais que político e principalmente de preocupação com os próprios problemas futuros, referentes a esses 40 deputados que soltarão Álvaro Lins, pois muitos dos mesmos são remanescentes e aliados políticos dos Garotinho. E no popular se diz : “Têm o rabo preso“, basta ver que os famigerados votaram pela soltura sem sequer terem lido os autos. Uma decisão política inconsistente e irresponsável.

O Rio não merece essa corja.

Fernand Koda

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Novas Provas no caso “BNDES”, envolvendo o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP)

Continuando o caso do deputado federal Paulinho da Força, conforme o dossiê apresentado pela Polícia Federal, chamado de operação “Santa Tereza”, com provável envolvimento em desvio de verbas do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

 

Na quinta-feira (08/05/2008), a PF apresentou recibo de deposito bancário, encontrado na casa do lobista João Pedro de Moura, ex-assessor do deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) (o Paulinho da Força), que integrava o conselho de administração do BNDES, em nome da ONG Meu Guri Centro de Atendimento Biopsicossocial, localizada em Mairiporã (SP), no valor de R$ 1,328 milhão. A ONG tem como presidente a mulher de Paulinho da Força, Elza de Fátima Costa Pereira.

 

Nesta sexta-feira (09/05/2008), Paulinho e a esposa estiveram na sede do projeto, para tentar esclarecer as acusações sobre o suposto desvio de verbas. Elza Pereira, na oportunidade assinou documentos, na expectativa de autorizar a quebra de sigilo bancário, telefônico e fiscal da entidade envolvida.

 

A ONG recebeu do BNDES R$ 1,328 milhão para construção de prédios do projeto, nos anos de 2002/2003, quando João Pedro integrava o conselho de administração do banco.

 

A Polícia Federal acusa Moura de chefiar o suposto grupo que realizava as operações ilegais no BNDES. De acordo com o banco, o financiamento é proveniente do Fundo Social da instituição, para obras de infra-estrutura da ONG.

 

Paulinho da Força disse que “quer ser investigado logo e quero transparência”, afirmou ainda “que tudo não passa de uma articulação política pelo trabalho que ele tem feito no Congresso”. Segundo o próprio deputado, não pensa em tirar a candidatura à prefeitura de São Paulo dos seus planos. “Não vou desistir não, vou ganhar mais votos com isso aqui”, disse.

 

 

O corregedor-geral da Câmara dos Deputados, Inocêncio Oliveira (PR-PE), disse que a situação do deputado Paulo Pereira (PDT-SP) está cada vez mais grave, ainda mais depois das novas denúncias que envolveram a sua mulher, Elza Fátima Costa Pereira.

 

Inocêncio Oliveira solicitou à Procuradoria Geral da República documentos sobre o caso e, dependendo do conteúdo do material, ele afirma que poderá enviar o caso de Paulinho direto ao Conselho de Ética, antes mesmo de abrir uma sindicância na Corregedoria para investigar o deputado.

 

Já deputado oposicionista, Chico Alencar (PSOL-RJ), analisa a possibilidade de abrir uma representação contra Paulinho no Conselho de Ética da Casa. Ele afirma que aguarda apenas as investigações iniciais da Corregedoria para tomar uma atitude.

O Paulinho está cada vez mais se enrolando. Sabemos onde vai dar.

Fernand Koda

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Há Indícios de Envolvimentos de Parlamentares e Funcionários do BNDES no Esquema de Fraudes, Conforme Ministério Público Federal

A procuradora da República Adriana Scordamaglia afirmou, na sede do Ministério Público Federal em São Paulo, que parlamentares, funcionários do Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES), assessores e pelo menos onze prefeituras paulistas podem estar envolvidos com o esquema de fraudes em financiamentos do banco, prostituição e tráfico de pessoas, investigadas na operação de ”Santa Tereza”, da Polícia Federal. A procuradora afirmou que os funcionários do BNDES, ainda não identificados, foram citados nas interceptações telefônicas e também existem pessoas, igualmente ainda não identificadas pela polícia, que trocaram e-mails com os envolvidos e que estão sendo investigadas.

A operação da Polícia Federal investigou uma organização criminosa, que fazia uso de pessoas com influência política no BNDES, para conseguir a liberação de empréstimos para prefeituras e empresas, e que se aproveitavam de projetos falsos elaborados por uma empresa de consultoria. O dinheiro recebido do BNDES era usado em uma casa de prostituição e de tráfico de mulheres, em São Paulo, e então era legalizado (ou “lavado”).

Nessas investigações, foram comprovadas fraudes em pelo menos três financiamentos solicitados junto ao BNDES: dois para melhorias na rede varejista Marisa e outro para obras da prefeitura de Praia Grande, na Baixada Santista. “Apenas nesses três empréstimos, os envolvidos receberam R$ 2 milhões de propinas”, disse Adriana Scordamaglia.

De acordo com a procuradora, as investigações da Polícia Federal também apontam para a participação no esquema do deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical. “A suspeita é que ele faz parte também do desvio de verbas do BNDES”, disse. Segundo ela, a suspeita de participação do deputado surgiu quando o nome Paulinho foi citado mais de uma vez durante o monitoramento telefônico.

“Há indícios de que seja ele pelas ramificações das investigações. Na verdade, em algumas vezes não foi só citado o nome Paulinho. O nome foi citado em um contexto em que se faz supor que seja ele”, afirmou a procuradora.

O BNDES informou que ainda não foi notificado pelo MPF a respeito “de qualquer suposto envolvimento de funcionários do banco nesse caso” e disse que só se pronunciará depois da notificação.

Já a Força Sindical, em nota, afirmou que o deputado Paulo Pereira da Silva está “sendo vítima, mais uma vez, de implacável perseguição política, cujo único objetivo é impedir que mantenha, como sempre, sua independência política e sua luta incansável na defesa dos direitos dos trabalhadores brasileiros” e que as denúncias “são descabidas”.

Por ter foro privilegiado, o deputado só poderá ser investigado caso haja autorização do Supremo Tribunal Federal (STF).

Fernand Koda

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Coronel da reserva avisa Dep. Paulo Pereira da Silva sobre Operação da PF sobre o BNDES

Segundo a Polícia Federal, o coronel da reserva da Polícia Militar Wilson de Barros Consani Júnior, tentou avisar Paulinho (PDT-SP), na véspera da “Operação Santa Tereza” através de ligação para celular de um familiar do deputado Paulo Pereira da Silva. “Avisa o Paulinho que amanhã vai ter alguma coisa, uma operação da Polícia Federal que pode envolver o pessoal do partido”.

Wilson de Barros Consani Júnior não sabia que ele próprio estava sendo investigado e monitorado pela PF, que o aponta como um dos operadores do esquema de desvio de verbas do BNDES. 

Os grampos da PF, que chegaram em CD ao Ministério Público Federal, mostram que o coronel fez esforço intenso para informar integrantes da organização criminosa sobre a missão federal que sairia às ruas dali a algumas horas, na manhã de 24 de abril, para cumprir 11 mandados de prisão – inclusive do lobista João Pedro de Moura, amigo e ex-assessor de Paulinho.

Em outro telefonema, disse que a operação tinha como meta negócios relativos à ONGs. “Parece que sujou, a informação é lá de dentro, envolve a WE e o negócios das ONGs.” A WE é a boate que a organização teria usado para lavar dinheiro ilícito. A PF suspeita que um policial amigo de Consani “cuidou” de avisar o grupo sobre a aperação secreta.
 
Fernand Koda

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Operação “Santa Tereza”, da Polícia Federal, flagra envolvimento do Dep. Paulo Pereira da Silva – Presidente da Força Sindical

Na manhã do dia 24/04/2008, a Policial Federal deflagrou a chamada “Operação Santa Tereza”, que investiga esquema de desvio de recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Inicialmente, o alvo da PF era tráfico de mulheres e prostituição, mas no decorrer das investigações ou indícios de envolvimentos bem maiores e que se relacionavam com pessoas que montaram quadrilha que desviavam dinheiro do BNDES, resultado de financiamentos e empréstimos a diversas prefeituras e empresas privadas.

O inquérito corre na 2ª Vara Federal Criminal de São Paulo. Foram presas 9 pessoas e entre elas estava um dos advogados mais famosos de São Paulo, Ricardo Tosto. A PF fez buscas e apreensões em 18 locais suspeitos, procurando provas que incriminem os acusados.

Segundo a PF, os desvios chegavam a 5% dos valores que eram emprestados a prefeituras. Um dos empréstimos no qual teria sido flagrado, o desvio era de R$ 130 milhões, para uma prefeitura de Praia Grande/SP, cidade da baixada santista. Outros 2 empréstimos investigados, de R$ 220 milhões, foi concedido para reformas das Lojas Mariza, famoso comércio varejista.

Tosto, que tem entre seus clientes o deputado federal Paulo Maluf, é conselheiro do BNDES. Ele representa a Força Sindical no conselho do banco.

Prostituição

As investigações que resultaram na operação “Operação Santa Tereza” começaram em dezembro de 2007 para apurar denúncias sobre tráfico de mulheres e exploração de prostituição. Em nota, a PF afirma que desde o início da apuração, os policiais constataram que alguns dos investigados mantêm uma casa de prostituição em São Paulo, com faturamento elevado, constatado por cadernos e anotações de caixa, chegado a valores superiores a R$ 760 mil reais. A casa de prostituição era a forma de fazer a “lavagem” do dinheiro desviado.

Segundo a PF, “O prostíbulo somente se mantém em funcionamento porque seus proprietários oferecem, de forma contínua, vantagens ilícitas a autoridades e servidores públicos responsáveis pela fiscalização. Contra essa prática criminosa as investigações serão aprofundadas”, diz um trecho da nota.

Nas investigações, nas escutas telefônicas (autorizadas pela justiça federal) e nos relatórios da PF, várias vezes é citado o nome do Deputado Federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP). Ele é presidente da Força Sindical.

A assessoria de imprensa da Força Sindical emitiu nota dizendo que seu presidente é vítima de perseguição política, por causa de contrariar interesses das elites, como o reajuste do valor do salário mínimo, jornada de trabalho e outras ações “em prol dos trabalhadores brasileiros”. Ele ainda vem recebendo apoio das demais centrais sindicais.

O procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, decide nos próximos dias se vai abrir inquérito, ou não, para investigar o deputado.

Hoje (06/05/2008), a Executiva Nacional do PDT se reuniu em Brasília e ouviu as explicações do deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical (PDT-SP), sobre o seu possível envolvimento com o desvio de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) descoberto pela Polícia Federal durante a Operação Santa Tereza. Depois de ouvir o parlamentar, os membros da executiva disseram que o partido está solidário a Paulinho porque não vê indícios que possam incriminá-lo no relatório da Polícia Federal sobre o caso. Lembramos que a executiva nem leu o inquérito para saber se ele tem envolvimento ou não. Só confiou na palavra do Paulinho. Incrível.

A tentativa do deputado em desmerecer o trabalho da Policia Federal fica evidente quando diz que a “a PF serve a interesses da elite, que dele se vingam e para subverter os ganhos de qualidade na vida dos trabalhadores”. Apesar de simbolicamente ter tentado abrir o próprio sigilo telefônico e bancário, desdenha das ordens públicas quando diz que “não é investigado pela PF e sim apenas citado”.

A PF não o investiga diretamente, nem o acusa porque sabe que o parlamentar tem foro privilegiado (que é para esses casos de mau versacao do dinheiro publico) e que so pode ser investigado pela Supremo Tribunal Federal).

Pensamos que o fato poder atrapalhar o nobre deputado em sua tentativa de concorre a prefeitura de São Paulo, brincando ainda com o fato de “poder lhe render mais votos”. Porém pode ter razão, pois a cidade de São Paulo é conhecida por sempre colocar em cargo eletivo o ex-prefeito Paulo Maluf, hoje deputado federal, envolvido em inúmeros processos de corrupção e desvio de dinheiro público.

Fernand Koda

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