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Crise no Mercado de Vídeo Locação ? Pirataria ? Têm Solução !

Tenho uma Vídeo Locadora, na cidade de Campo Belo/MG, Action Vídeo. Vinha convivendo com quedas nas locações e obviamente com a pirataria, além de outras formas de concorrências (leais e desleais). Pensei diversas formas de tirar o meu negócio daquela situação. Um dia, observando minha clientela, observei que já não atendia grande parte dos clientes com começaram comigo na loja, há 12 anos. Hoje atendo seu filhos e netos, pois o tempo passou. Observei ainda que esta nova clientela seja de outra geração e tem outras necessidades, que fiquei em duvidas se já não os atendia de forma ultrapassada. Sinceramente nem mais passava tanto tempo na loja, deixava os funcionários no atendimento, pois com o tempo todos me conheciam e tinha que dar muitas concessões.

Neste dia tomei uma decisão. Fui numa gráfica perto, bolei um panfletinho com uma promoção básica, que dava direito ao portador de uma locação-catálogo, na locação de um lançamento. Só fiz 100, pois estava sem dinheiro.

Esperei chegar às 18h00 e fui para a Locadora. Fui bem vestido, perfumado e lá, expliquei rapidamente aos funcionários do que se tratava minha idéia e fui para a porta da loja, com os panfletos na mão.

Cada cliente que entrava, eu me apresentava (muitos nem me conheciam) e disse da seguinte forma : “Prazer, meu nome é Carlos e sou o dono desta Locadora. Estou te dando este cupom que lhe dá direito a locar de graça qualquer catálogo da loja, locando um lançamento. Gostaria também que me desse alguma sugestão ou fizesse qualquer reclamação sobre a Loja, por nosso serviço prestado. Se gosta da Locadora e se a recomendaria para algum familiar ou amigo. Caso a comprasse de mim algum dia, o que mudaria ?”. Alguns ficaram me olhando, outros estranhando. A medida que os cupons acabavam ia até o balcão e pegava-os de volta, que já tinham entrado (afinal só fiz 100). Só isso e foi assim até a locadora fechar.

No dia seguinte, no mesmo fui ao supermercado, comprei 5 pacotes de pipocas para micro-ondas (R$ 0,89 reais cada). Peguei na minha casa uma grande vasilha, levei meu aparelho de micro-ondas para a Locadora e lá, após às 18h00, fiz pipocas e oferecia aos clientes (muitas mães e crianças), até a loja fechar.

No dia após, segui o mesmo ritual, cheguei às 18h00 e liguei a televisão (estava desligada, pode ?). Só que ao invés de colocar um filme, coloque no canal aberto e passava as novelas. Alguns clientes paravam e assistiam um capitulo ou dois. Veio o jornal local, comentava sobre as notícias da região e o futebol estadual (era dia de jogo na TV) e sempre caia as locações (quarta-feira). Depois mais novelas (as mulheres gostaram, alguns homens também). Observei que enquanto as novelas passavam e intercalavam com as notícias do futebol, passei a reter mais o cliente na loja e incentivei um bate-papo entre os mesmo. Vi que tem pessoas que nem gostam do futebol e vêem no vídeo outra fonte de distração.

Assim instituí na minha Locadora, para cada dia da semana, dependendo do perfil do dia, seja pela programação da TV, seja pelo animo do cliente (inicio ou fim de semana), uma atividade que procurava reter o cliente na loja, diferenciar de meus concorrentes e melhorar o astral da loja.

Percebi, que com a minha atitude, motivava também, indiretamente meus funcionários, que se sentiam bastante prestigiados com o dono da locadora lhes dando cobertura na rotina do trabalho.

Ouvi coisas boas sobre a loja, ouvi coisas ruins mas o principal é que voltei a conhecer e entender o que é uma Vídeo Locadora em 2008. Aprendi a entender como o cliente pensa e o que ele procura. Bastou eu me colocar na direção dele. E ele veio.

No primeiro mês dessas mudanças de postura, minhas locações cresceram 20%. Os brindes também cresceram, mas já que estavam parados, movimentou o acervo.

Observo crescimento gradativo, mas tive que agregar outros tipos de pequenos serviços que achei conveniente e combinável com a Vídeo Locadora.

 

Amigos, essa Locadora citada acima não existe e esses fatos não aconteceram (ao menos que eu saiba), mas acho que pode acontecer e funcionar para qualquer Locadora que conheça ou vá conhecer. A estória resume que a mudança de resultado ou a trajetória de uma empresa só se altera com a mudança de postura interna (nas pessoas envolvidas) e depois externa (na loja), para nossos clientes.

Reparem no nome da locadora fictícia e se lembrarem a idéia do significado, me escrevam.

Obrigado pela vossa atenção;

Fernand Koda

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A Crise no Mercado de Vídeo Locação (DVD). Têm fim ?

O mercado brasileiro de locação de DVDs passa pela maior crise desde que o formato começou a se popularizar no país, no início da década. O sinal de alerta foi acionado em 2007 e, no primeiro trimestre deste ano, ficou estridente.

De acordo com dados da União Brasileira de Vídeo (UBV), que reúne as principais distribuidoras de filmes e laboratórios de reprodução, as vendas de discos para Vídeos-Locadora sofreram em 2007 uma redução de 28,1%, equivalente a 2,4 milhões de unidades.

O que já era ruim piorou. O recuo na venda de títulos de cinema e televisão, de janeiro a março deste ano, foi de 33,1%, ou 580 mil unidades, com relação ao mesmo período do ano passado. Os dados dizem respeito apenas a discos de filmes e séries nacionais e internacionais, embora o mercado de DVDs musicais também passe por um mau momento.

As vendas diretas, em que o consumidor compra em lojas ou na internet, haviam registrado um aumento de 6,6% (correspondente a 1,335 milhão de cópias) em 2007 em relação ao ano anterior. Mas, ainda no primeiro trimestre deste ano, caíram 32,5% na comparação com o mesmo período de 2007 (1,4 milhão de unidades). Os estragos de 2007 corresponderam, segundo a UBV, a perdas de aproximadamente R$ 650 milhões em locações, com redução de 40% nos postos de trabalho nas Vídeos-Locadora (e de 25% a 30% na indústria de DVDs).

A associação estima que funcionem hoje, no Brasil, algo entre 8.000 e 9.000 locadoras regularizadas (eram 12 mil no início de 2006), com cerca de 35 mil empregos diretos.

“Será difícil recuperar essas perdas”, diz Tânia Lima, diretora-executiva da UBV, para quem a venda de cópias piratas foi o que mais afetou o cenário.

“Hoje, 60% do mercado de DVDs no Brasil é ilegal, o que representa uma circulação de 10 milhões de discos por ano.” Tânia diz ainda não acreditar na “erradicação total” da pirataria, mas lamenta o fácil acesso ao produto ilegal. “A indústria teria mais chances se houvesse maior repressão. Precisamos falar com o consumidor final, lembrá-lo de que, ao comprar um DVD pirata, ele se transforma em receptador.”

O aumento de downloads de filmes pela internet e a falta de divulgação dos lançamentos pelas distribuidoras contribuem igualmente para o cenário, na avaliação de Luciano Damiani, presidente do SIMDEVÍDEO – Sindicato das Vídeos-Locadora do Estado de São Paulo, que reúne 1.600 associados, 50% deles na capital, onde a redução nas locações “é mais acentuada do que no interior”.

“A maioria das locadoras manteve a estrutura por muito tempo, achando que a situação iria melhorar, e se endividou”, afirma Damiani. “A situação é muito delicada.”

Mudança de hábito

A UBV e o SIMDEVÍDEO apostam que o Blu-ray, novo formato de vídeo doméstico, possa contribuir, a longo prazo, para reaquecer o mercado de locação, por oferecer maior qualidade do que o DVD e dificultar a pirataria.

A mudança de hábitos de lazer dos jovens -hoje, mais associados à internet- tende a definir em novos patamares não só o mercado de DVD, mas também o de cinema, diz Wilson Cabral, diretor da distribuidora Sony. “O formato físico do filme não morrerá, mas a sua circulação cairá substancialmente”, prevê.

As perdas no mercado de locação devem ser recuperadas pela indústria, segundo Cabral, com a expansão da rede de varejo, preços “ao alcance do consumidor” e “grandes promoções”. Até a pirataria contribuiria para incrementar as vendas diretas. “A tendência de quem comprou um disco pirata é, em seguida, ter ou dar de presente um original.”

O impacto inicial da retração, no entanto, pode reduzir a oferta de títulos. “O mercado de cinema será afetado porque, se você não tem mais a certeza de que recuperará o seu investimento na segunda mídia que é o vídeo, como investir na compra de produções para exibir daqui a um ou dois anos?”, pergunta Wilson Feitosa, diretor da Europa, distribuidora que atua em cinema e DVD

(por Sérgio Rizzo – Crítico da Folha de São Paulo)

 

Fernand Koda

 

 

 

 

 

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A China Poderá Mandar no Mundo Digital ??? EVD (Enhanced Versatile Disc) vem ai

Será que a china poderá mandar no mundo com seu novo formato digital EVD ???
 
China abandona DVD e aposta no seu próprio formato.
 
A China quer abandonar o fabrico de leitores de DVD em 2008, apostando num formato único de alta definição, o EVD. Principal objectivo: o fim do pagamento de “royalties” ao consórcio que detém os direitos do atual formato.
 
O consórcio responsável pela criação do EVD (Enhanced Versatile Disc), um formato de alta definição específico para a China, vai acelerar a sua produção, no sentido de o introduzir neste mercado em 2008.

O desenvolvimento de um formato chinês partiu da vontade do Governo em depender menos do estrangeiro, invocando a sua “soberania” no domínio tecnológico.

O grupo promotor é constituído por várias dezenas de fabricantes, entre eles a TCL, uma das maiores empresas chinesas de eletrônica de consumo.

 

 Segundo a imprensa chinesa, 2008 marcará o fim do fabrico dos leitores de DVD, em benefício do EVD. Embora este último seja capaz de armazenar vídeo de alta definição, não pode ser considerado de todo um sucessor do DVD, já que a tecnologia de leitura é semelhante (baseada em “lasers vermelhos”). É antes um formato alternativo, mas que na prática competirá com aqueles que se apresentam como sucessores do DVD, o Blu-ray (já o que formato HD DVD foi abandonado no inicio de 2008).

Na realidade, o EVD é um disco DVD com diferentes especificações de vídeo e áudio, mas com suporte para HDTV, já que usa um algoritmo de compressão superior ao MPEG-2 (VP-5 e VP6). O formato chinês usa ainda o codec de áudio EAC 2.0. Suporta som mono, estéreo e 5.1 Surround, e é mais eficiente que o Dolby Digital (AC3) ou o DTS, presentes no DVD.

Alguns especialistas defendem que a China tem capacidade (diga-se, mercado) suficiente para manter o desenvolvimento da indústria de EVD. O país tem, aliás, apostado numa série de padrões exclusivos, incluindo sistemas de redes sem fios, televisão digital e telemóveis de terceira geração.

Por sua vez, o Governo chinês, apoioado no peso crescente da sua indústria, exorta as grandes empresas mundiais a “cooperar” em vez de “competir”, relativamente ao estabelecimento de padrões tecnológicos.

 O maior entrave à adopção do EVD, por parte dos fabricantes, reside na popularidade e no baixo custo dos leitores de DVD. Enquanto estes últimos podem custar menos de 80 dólares, o preço de um aparelho EVD ronda atualmente os 250 dólares.

 

Fernand Koda

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DVD Agoniza com a Pirataria Digital

O DVD (Digital Vídeo Disc) – também conhecido como Digital Versatile Disc – surgiu no Japão em 1996 e no ano seguinte nos Estados Unidos e no Brasil. Com pouco tempo de mercado, logo se tornou alvo de pirataria.

Pouca gente tem conhecimento de que, hoje, a pirataria do DVD é um grande problema para os estúdios de Hollywood. O prejuízo é difícil de calcular, principalmente porque o DVD é uma mídia ainda cara e a compra de filmes permanece além da realidade econômica de muita gente.

A pirataria do DVD ameaça de extinção o próprio modelo do disco. A indústria já anunciou que, em breve, os consumidores precisarão comprar novos aparelhos com proteção à pirataria, com o novo sistema Blu Ray (mas que já teve recentemente seu código anti-copia já quebrado, para desespero do mercado de vídeo).

CÓDIGO QUEBRADO

Enquanto a indústria e o cinema planejavam aumentar as vendas e a popularidade do DVD, a Internet ajudou a divulgar a quebra do código de segurança dos discos e a proporcionar o que antes parecia impossível: assistir a um filme de DVD sem precisar de um DVD–ROM.

O recurso que impede a cópia ilegal do DVD é o CSS – content scrambling system – que foi quebrado por um hacker norueguês. Até então, os filmes em DVD não podiam ser vistos em computadores com o sistema operacional Linux. Criado o DeCSS, programa para burlar a criptografia do DVD, os usuários de Linux estavam livres para ver filmes com seus DVD–ROMs.

O DeCSS foi alvo de processos judiciais, mas era tarde. Outras ferramentas de mesma finalidade também se espalharam. A partir da quebra da criptografia dentro do DVD, foi possível copiar o conteúdo para o disco rígido do computador. Daí surge o revolucionário formato DivX :–).

ENTENDA O DivX :–)

DivX :–) é a nomenclatura para definir um arquivo contendo imagem e som no formato AVI, que é propriedade da Microsoft. Os arquivos AVI são quase sempre usados para armazenar vídeos, formato bem conhecido dos usuários de computador. A diferença é que o AVI no formato DivX usa um algoritmo de compressão notadamente superior.

O DivX surgiu a partir de uma versão hackeada da terceira revisão do formato MPEG4 (MP4), feita pela Microsoft. O MP4 foi originalmente criado pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology) com a finalidade de comprimir vídeos em boa qualidade e tamanho final do arquivo reduzido. O MP4 apresentou–se como melhor solução frente aos concorrentes MPEG2 e ASF, sendo este segundo também propriedade da Microsoft.

A Microsoft fez sua própria revisão, incrementou–a e manteve o projeto guardado a sete chaves. Ninguém sabe ao certo como o MP4 da Microsoft caiu na internet, mas graças à empresa de Bill Gates os hackers puderam fazer um “milagre”: conseguir que um filme de DVD coubesse em um CD convencional, de apenas 650 Mb. Vale realçar que um filme em DVD ocupa, geralmente, 5 gigabytes de informação, algo em torno de 8 CDs.

O vídeo em formato MP4 é mixado com o som em formato WAV (wave) ou MP3, e apresenta como resultado um filme inteiro, de qualidade excelente, que pode ser visto no monitor em tela cheia e sem perda de nitidez. Ao ocupar entre 600 e 700 Mb, qualquer pessoa poderia copiar para um CD convencional – que custa menos de R$ 1,00.

A qualidade de um filme em DivX no monitor é praticamente a mesma de um VHS na televisão, com as vantagens que o computador pode proporcionar. Logo, o DVD virou alvo de pirataria, principalmente para quem possui conexão internet de alta velocidade e consegue baixar filmes inteiros em apenas algumas horas de download.

Um exemplo prático: com um computador potente e as ferramentas necessárias, o pirata pode alugar um DVD na locadora ou pegá–lo emprestado de um amigo, fazer a conversão para DivX, e colocar um filme dentro de um único CD, que poderá ser visto a qualquer momento, quantas vezes quiser e com a mesma qualidade do VHS. Um processo não muito diferente do que se faz hoje com o CD de música e o MP3.

Deve–se realçar que o DivX não é um formato pirata nem alude pirataria, assim como o formato MP3, utilizado em larga escala. Os decodificadores de DivX estão em estágio “alpha”, tratando–se de uma tecnologia nova e embrionária que só gera benefícios ao usuário – fusão de som e vídeo de excelente qualidade, com tamanho do arquivo reduzido e, conseqüentemente, menos tempo de download.

O uso indevido da compressão em DivX alerta a indústria e os estúdios de Hollywood, que buscam meios ou soluções para impedir a proliferação dos filmes, da mesma forma como a RIAA tenta impedir os MP3s não–autorizados.

Um fato é reconhecido pelo mercado: o atual modelo de DVD usado para filmes não tende a continuar vivo. Em breve, a indústria deve lançar um novo DVD, supostamente inviolável a tal tipo de pirataria, mas que poderá forçar os consumidores a uma troca de aparelhos.

Parte deste matéria foi publicada no Site Uol – Webinsider em 11/10/2000.

Daí dá para vocês perceberem que os problemas não começaram hoje.

Fernand Koda

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