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Termina em Tragédia, Desastrosa Ação do GATE, o Sequestro e Cárcere Privado das Menores Eloá Cristina Pimentel e Nayara Silva

Desastrosa operação da policia paulista, chefiada pelo o coronel Eduardo José Félix, comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar de São Paulo e do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), terminou com um trágico fim, nesta sexta-feira (17/10/2008).

O seqüestro e cárcere privado, da garota Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos e da colega de escola e amiga, Nayara Silva, também de 15 anos, por Lindembergue Alves (“o liso”), de 22 anos.

 

Lindembergue atirou nas vitimas, deixando Eloá em coma irreversível, após ter sido baleada na cabeça, com perda de massa encefálica e outro na virilha. Nayara levou outro tiro que perfurou a sua mão, atingindo o crânio, logo abaixo do nariz, entre a boca. A última foi operada neste sábado (18/10/2008) e não corre perigo de vida, conforme informações fornecidas pelo Centro Hospitalar de Santo André (ABC), onde o neurocirurgião Marco Túlio Setti, que faz parte da equipe que operou Eloá e onde se encontra a amiga Nayara, internada.

 

Lindembergue invadiu o apartamento da família da ex-namorada (Eloá), na tarde de segunda-feira (13/10/2008). Ela estava acompanhada da amiga Nayara, de 15 anos, e 2 colegas de escola. Eles fariam um trabalho para aula quando todos foram rendidos.

 

Após agredir os 2 adolescentes libertou-os e manteve Eloá e Nayara sob a mira de um revolver por 101 horas.

 

Segundo o autor, o motivo do crime foi não aceitar o fim do namoro com Eloá.

 

A desastrosa ação policial do Gate foi marcada por série de equívocos e tomadas de decisões erradas, má gerenciamento dos negociadores da polícia, erros estratégicos e invasão sem proteção apropriada das vítimas.

 

A polícia nem soube que a porta estava bloqueada, não permitindo a sua abertura prontamente, após arrombada por artefato de pólvora (bomba).

Outra coisa absurda se deve ao fato de se deixar envolver uma menor de idade, Nayara, nas negociações do seqüestro, inclusive com a permissão inadequada para a legislação da proteção de menores e adolescentes brasileiros.

 

Quando o comandante Eduardo José Félix foi perguntado por que não alvejou Lindembergue Alves antes, quanto os atiradores de elite da policia tiveram oportunidade; o mesmo respondeu que teve receio da opinião publica.

 

Resumo : Foi melhor preservar a vida do facínora Lindembergue, deixando expostas duas menores, que se confirmou a violência confessada ? Pesou mais a vida de um bandido, do que a de duas inocentes ? A tentativa de invasão, sem o conhecimento prévio total da posição e atividade do criminoso foi correta ?

 

O comando do batalhão de choque e o Gate vão ter que se explicar.

Diante de tantos erros, não fica difícil de entende, que após o fim do seqüestro, a assessoria do governo paulista chegou a anunciar que uma das reféns estava morta e depois voltou atrás. Leia a nota:

 “A assessoria de imprensa do governo do Estado esclarece que chegou a receber a informação, da área da Segurança Pública, sobre o falecimento da jovem Eloá. No entanto, em seguida, nova informação deu conta de que, felizmente, ela foi reanimada na sala de cirurgia e, neste momento, encontra-se em coma induzido e processo cirúrgico. Pedimos desculpas à família de Eloá e, junto a ela, oramos a Deus por sua recuperação. Assessoria de Imprensa do Governo do Estado de São Paulo.”

Precisa mais ?

Às 23:15, deste sábado, 18/10/2008, a morte cerebral de Eloá foi constatada pelos médicos.

 

Meus sentimentos à família.

 

Lindemberg Alves foi levado para o 6º Distrito Policial de Santo André, depois foi transferido para uma cela isolada, no CDP de Pinheiros.

O advogado Eduardo Lopes, que representou o réu durante as negociações, deixou o caso, após o fim trágico deste triste episódio.

 

Fernand Koda

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Ministro Gilmar Mendes Solta 11 Envolvidos na “Operação Satiagraha”. Impunidade á Vista ? Saiba Porque !

Colarinho Branco vai para a cadeia ? Não para a justiça brasileira. Pobre têm prioridade.

Para quem não entende os procedimentos judiciários fica a sensação de impunidade no ar, só que a impunidade verdadeira esta no tramite levar do andamento dos processos, que se permite que o processo seja retardado de forma quase infinita, pelas tantas apelações e recorreções possíveis, sem contas prazos, convocações e vistas, apenas para enrolar e demorar.

Tudo isso com a conivência da legislação, do judiciário, do executivo e da OAB. Afinal defesa de clientes, hoje é uma indústria que move milhões de reais.

Existe escritório de advocacia e consultoria que faturam altas cifras para defenderem corruptos e criminosos, onde se envolvem, em muitos casos, com os envolvidos (ou já não estavam envolvidos).

Sabe-se de antemão que a figura do advogado esta longe de ser um braço da justiça e sim um individuo ou organização, que tem bom transito e influencias com magistrados e políticos, permitindo-se usar as brechas da lei, para favorecer seus clientes.

No caso dos juízes, idem, salvo algumas raríssimas exceções como o ministro Joaquim Barbosa (será que é porque é o único negro na STF – Supremo Tribunal Federal e deve saber o que é injustiça ?).

Bom, não se iludam, nesta operação ninguém será julgado rapidamente (mais de 5 anos, no mínimo) e ninguém ficará preso, talvez um “laranja” que servirá de “bode expiatório”.

Voltando ao mega-especulador Daniel Dantas e família Oportunnity, foi solto da carceragem da Polícia Federal nesta madrugada, por habeas corpus conseguido com o presidente do STF, Gilmar Mendes (que deu sinais claros do que faria), o banqueiro foi intimado a prestar depoimento ainda antes de ter deixado o prédio da PF. A intimação tão rápida foi uma estratégia do delegado Protógenes Queiroz e equipe para impedir que Dantas e outros 3 dos 11 libertados – a irmã Verônica, a diretoria jurídica Daniele Ninnio e o diretor do grupo, Arthur de Carvalho – criassem dificuldades para serem ouvidos pela Justiça.

As criticas sobre a PF vem diretamente de magistrados, políticos e AOB. Por quê ? São os interessados a que a PF continue engessada. A justiça deve ser cega, muda e surda (segundos os mesmos).

Parabéns a Polícia Federal, parabéns ao ministro da justiça Tarso Genro, aos delegados envolvidos, aos policiais federais envolvidos, promotores e funcionários públicos que participaram da operação. A população brasileira agradece as ações e que continuem com força, prendendo e algemando essas infestações da sociedade, que só respeitam o dinheiro (de preferência o público, que não tem dono).

Alguém sabe informar o que pensa o Sr. Lula a respeito de tudo isso. Ele não sabe, não viu e nem é com ele. Pobre brasileiros.

A Operação, a Polícia Federal se dividiu e viveu uma fratricida luta interna em torno das investigações que levaram à prisão do banqueiro Daniel Dantas. O delegado Protógenes Queiroz, indicado pelo ex-diretor da PF Paulo Lacerda para conduzir a “Operação Satiagraha”, perdeu condições logísticas e chegou a ser afastado da ação policial. O diretor geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, até as vésperas da prisão não tinha acesso às informações nucleares.

Infelizmente existe corrupção também dentro da PF. Não tenham duvidas.

Mais uma vez. Meus parabéns a todos envolvidos na prisão e ao apoio da mídia, com imagens fortes e exclusivas. Parabéns à Rede Globo (que não se deixe intimidar). Parabéns a César Tralli (reportes policial, que cobriu a investigação e as prisões).

Fernand Koda

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Mais uma vez Dep. Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) se Contradiz no Caso BNDES

O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, apresentou nesta quarta-feira (09/07/2008) uma nova versão para a doação de um apartamento pelo ex-conselheiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), João Pedro de Moura, a ONG Meu Guri, presidida pela mulher de Paulinho, Elza Pereira.

Paulinho e Moura são acusados de participar de um esquema de desvio de recursos do BNDES. A quadrilha foi desmantelada pela Polícia Federal durante a Operação Santa Tereza.

Até terça-feira (08/07/2008), Paulinho sustentava a versão de que o apartamento foi doado por Moura à ONG. O imóvel, estimado em R$ 80 mil, não foi utilizado pela instituição e acumulou dívidas de impostos e taxas por alguns anos. O deputado argumentava que Moura resolveu, então, recomprar o apartamento por R$ 37,5 mil, abatendo as dívidas.

Na retomada do depoimento nessa quarta-feira, Paulinho trocou a versão apresentada até agora. Segundo ele, Moura assinou na verdade uma procuração para que Elza Pereira vendesse o imóvel. O dinheiro da venda iria para os cofres da ONG Meu Guri.

Segundo a nova versão do deputado, ele disse a Moura que não seria justo ele deixar as crianças sem nada, depois de doar o apartamento. “Aí nós dissemos que ele não podia levar o apartamento e não deixar nada para as crianças e aí ele fez uma doação de R$ 37,5 mil. Não era justo que ele apenas pegasse o apartamento de volta”, contou o deputado.

A operação suspeita abre margem para interpretações da Polícia Federal. Uma delas é que o valor se refere na verdade a duas partes de uma propina de aproximadamente R$ 18 mil, que era paga para os integrantes do esquema de desvios do BNDES.

Aí fica claro que na verdade o que o Paulino deseja é encobrir e ter justificativa para o recebimento dessas parcelas. Quero ver como ele vai explicar as demais parcelas.

Para quem não se lembra o Paulinho da Força era o candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por Ciro Gomes, nas eleições presidências de 2002, mas teve que desistir do pleito ainda da data, por ter seu nome envolvido em uma serie de acusações feitas à época pela revista Época.  Por causa dessas acusacoes renunciou à chapa.

Veja mais sobre o caso envolvendo Paulinho à epoca (2002).

Veja a materia da Revista Época e os esclarecimentos dados por Paulinho, em 2002.

 

 

As investidas de Paulo Pereira da Silva, em negócios obscuros não são de hoje.

Fernand Koda

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“Operação Segurança Pública” Prende Álvaro Lins e Acusa Garotinho. Alerj Manda Soltar. Rio não Merece esses Políticos !

O MPF – Ministério Público Federal ofereceu denuncia ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho, o ex-chefe da Polícia Civil e deputado estadual Álvaro Lins (PMDB-RJ) e mais 14 pessoas. Segundo a denúncia, eles são integrantes de organização criminosa que usa a estrutura da Polícia Civil para praticar lavagem de dinheiro, facilitação de contrabando e corrupção passiva, formação de quadrilha armada, dando principal apoio à máfia dos caça-níqueis.

A Polícia Federal cumpriu nesta quinta-feira (29/05/2008) sete mandados de prisão preventiva contra policiais civis denunciados e realiza busca e apreensão em 16 endereços locais (incluindo casas do ex-governador Garotinho). Álvaro Lins foi preso no início da manhã, em flagrante delito, por policiais federais, na chamada “Operação Segurança Pública”.

Segundo as investigações e escutas telefônicas autorizadas pela justiça, a quadrilha seria responsável pelos crimes de facilitação de contrabando, por não reprimir a atividade de exploração de máquinas caça-níqueis pelo grupo criminoso de Rogério Andrade, e de corrupção ativa e passiva, relacionados diretamente com as atividades da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente.

Garotinho foi denunciado pelo fato de garantir politicamente a manutenção do grupo de Álvaro Lins à frente da Polícia Civil. Tiveram a prisão preventiva decretada, para garantia da ordem pública e da instrução criminal, os policiais civis Ricardo Hallak, Alcides Campos Sodré Ferreira, Fábio Menezes de Leão, Helio Machado da Conceição, Jorge Luiz Fernandes, Luiz Carlos dos Santos e Mário Franklin Leite Mustrange de Carvalho.

Já Álvaro Lins, não é a primeira vez que vê seu nome envolvido em escândalo semelhante, à época em que foi nomeado pela ex-governadora Rosinha Garotinha (mulher de Anthony Garotinho), como chefe de policia civil carioca, já havia denuncias de corrupção e formação de quadrilha organização contra si. No ano de 2006, a Polícia Federal o acusou de integrar a máfia dos caça-níqueis. Em abril deste ano, o ex-chefe da Polícia Civil foi absolvido pelo Ministério Público das acusações de fraude no auxílio-educação disponibilizado pela Assembléia. As provas, agora estão aí.

Porém, com extrema eficiência negativa e senso de responsabilidade, o plenário da ALERJ – Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, envergonhando a população carioca e brasileira, aprovou na tarde desta sexta-feira (30/05/2008), com 40 votos a favor e 15 contra, decreto que permitiu a soltura do deputado estadual Álvaro Lins (PMDB-RJ). Eram necessários 37 votos para a aprovação. A medida tem respaldo no artigo 53 da Constituição Federal. Às 17h45, cerca de uma hora após a ordem de soltura da Alerj, Lins deixou a sede da Superintendência da Polícia Federal, no Rio de Janeiro, onde estava retido.

É preciso lembrar que dos 70 deputados que compõem a ALERJ, 35 deles tem problemas com a justiça e mais alguns são investigados.

É um voto mais que político e principalmente de preocupação com os próprios problemas futuros, referentes a esses 40 deputados que soltarão Álvaro Lins, pois muitos dos mesmos são remanescentes e aliados políticos dos Garotinho. E no popular se diz : “Têm o rabo preso“, basta ver que os famigerados votaram pela soltura sem sequer terem lido os autos. Uma decisão política inconsistente e irresponsável.

O Rio não merece essa corja.

Fernand Koda

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Novela Ronaldo Fenômeno : Será Pai Novamente ? Mas não é com as Travestis não !

Noiva de Ronaldo chega ao Rio para conversar com craque.

Com mais um capítulo da Novela Ronaldinho Fenômeno, começando com o desembarque ontem (13/05/2008), da estudante de engenharia Bia Anthony e atual namorada do ex-jogador em atividade, Ronaldo Nazário, que desembarcou no aeroporto internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, por volta das 17h30. Bia, como é conhecida, chegou de Brasília, onde esteve desde o escândalo do jogador com as travecas “André Albertino” e “Carla”, quando foi pego no Motel Papillon, na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, com as travestis.

Apesar da mãe da garota, entrevistada pelo Site “O Dia online“, afirmar que a filha “é linda e reservada, e não me comunicou este fato”, disse sobre a gravidez. Caso a gravidez se confirme, será o 2º. filho de Ronaldo. Ela deve conversar com o craque, e até reatar o relacionamento. Ronaldo fez questão de buscá-la no aeroporto e, segundo amigos, pensa em oficializar a união.

Este vai ser o primeiro encontro do casal após o escândalo. Ao saber da confusão, Bia deixou o apartamento de Ronaldo, onde morava, e foi para a casa dos pais em Brasília. A família de Ronaldo deve se reunir nesta noite para discutir sobre a suposta gravidez e reconciliação do casal.

A revista Quem fez matéria com fotos dele, abraçado à namorada, e declarações dos pais da moça e de Dona Sônia, mãe do jogador. O pai Luis Anthony, que apóia o relacionamento do casal, afirma que a filha voltará logo para a França. “Mesmo grávida, terminará os estudos. Também pretende fazer pós-graduação nos Estados Unidos. As aulas em Paris começam no início de junho”.

Essa garota ainda não sabe onde se meteu.

(direto do Rio para este Blog)

Fernand Koda

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Novas Provas no caso “BNDES”, envolvendo o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP)

Continuando o caso do deputado federal Paulinho da Força, conforme o dossiê apresentado pela Polícia Federal, chamado de operação “Santa Tereza”, com provável envolvimento em desvio de verbas do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

 

Na quinta-feira (08/05/2008), a PF apresentou recibo de deposito bancário, encontrado na casa do lobista João Pedro de Moura, ex-assessor do deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) (o Paulinho da Força), que integrava o conselho de administração do BNDES, em nome da ONG Meu Guri Centro de Atendimento Biopsicossocial, localizada em Mairiporã (SP), no valor de R$ 1,328 milhão. A ONG tem como presidente a mulher de Paulinho da Força, Elza de Fátima Costa Pereira.

 

Nesta sexta-feira (09/05/2008), Paulinho e a esposa estiveram na sede do projeto, para tentar esclarecer as acusações sobre o suposto desvio de verbas. Elza Pereira, na oportunidade assinou documentos, na expectativa de autorizar a quebra de sigilo bancário, telefônico e fiscal da entidade envolvida.

 

A ONG recebeu do BNDES R$ 1,328 milhão para construção de prédios do projeto, nos anos de 2002/2003, quando João Pedro integrava o conselho de administração do banco.

 

A Polícia Federal acusa Moura de chefiar o suposto grupo que realizava as operações ilegais no BNDES. De acordo com o banco, o financiamento é proveniente do Fundo Social da instituição, para obras de infra-estrutura da ONG.

 

Paulinho da Força disse que “quer ser investigado logo e quero transparência”, afirmou ainda “que tudo não passa de uma articulação política pelo trabalho que ele tem feito no Congresso”. Segundo o próprio deputado, não pensa em tirar a candidatura à prefeitura de São Paulo dos seus planos. “Não vou desistir não, vou ganhar mais votos com isso aqui”, disse.

 

 

O corregedor-geral da Câmara dos Deputados, Inocêncio Oliveira (PR-PE), disse que a situação do deputado Paulo Pereira (PDT-SP) está cada vez mais grave, ainda mais depois das novas denúncias que envolveram a sua mulher, Elza Fátima Costa Pereira.

 

Inocêncio Oliveira solicitou à Procuradoria Geral da República documentos sobre o caso e, dependendo do conteúdo do material, ele afirma que poderá enviar o caso de Paulinho direto ao Conselho de Ética, antes mesmo de abrir uma sindicância na Corregedoria para investigar o deputado.

 

Já deputado oposicionista, Chico Alencar (PSOL-RJ), analisa a possibilidade de abrir uma representação contra Paulinho no Conselho de Ética da Casa. Ele afirma que aguarda apenas as investigações iniciais da Corregedoria para tomar uma atitude.

O Paulinho está cada vez mais se enrolando. Sabemos onde vai dar.

Fernand Koda

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Há Indícios de Envolvimentos de Parlamentares e Funcionários do BNDES no Esquema de Fraudes, Conforme Ministério Público Federal

A procuradora da República Adriana Scordamaglia afirmou, na sede do Ministério Público Federal em São Paulo, que parlamentares, funcionários do Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES), assessores e pelo menos onze prefeituras paulistas podem estar envolvidos com o esquema de fraudes em financiamentos do banco, prostituição e tráfico de pessoas, investigadas na operação de ”Santa Tereza”, da Polícia Federal. A procuradora afirmou que os funcionários do BNDES, ainda não identificados, foram citados nas interceptações telefônicas e também existem pessoas, igualmente ainda não identificadas pela polícia, que trocaram e-mails com os envolvidos e que estão sendo investigadas.

A operação da Polícia Federal investigou uma organização criminosa, que fazia uso de pessoas com influência política no BNDES, para conseguir a liberação de empréstimos para prefeituras e empresas, e que se aproveitavam de projetos falsos elaborados por uma empresa de consultoria. O dinheiro recebido do BNDES era usado em uma casa de prostituição e de tráfico de mulheres, em São Paulo, e então era legalizado (ou “lavado”).

Nessas investigações, foram comprovadas fraudes em pelo menos três financiamentos solicitados junto ao BNDES: dois para melhorias na rede varejista Marisa e outro para obras da prefeitura de Praia Grande, na Baixada Santista. “Apenas nesses três empréstimos, os envolvidos receberam R$ 2 milhões de propinas”, disse Adriana Scordamaglia.

De acordo com a procuradora, as investigações da Polícia Federal também apontam para a participação no esquema do deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical. “A suspeita é que ele faz parte também do desvio de verbas do BNDES”, disse. Segundo ela, a suspeita de participação do deputado surgiu quando o nome Paulinho foi citado mais de uma vez durante o monitoramento telefônico.

“Há indícios de que seja ele pelas ramificações das investigações. Na verdade, em algumas vezes não foi só citado o nome Paulinho. O nome foi citado em um contexto em que se faz supor que seja ele”, afirmou a procuradora.

O BNDES informou que ainda não foi notificado pelo MPF a respeito “de qualquer suposto envolvimento de funcionários do banco nesse caso” e disse que só se pronunciará depois da notificação.

Já a Força Sindical, em nota, afirmou que o deputado Paulo Pereira da Silva está “sendo vítima, mais uma vez, de implacável perseguição política, cujo único objetivo é impedir que mantenha, como sempre, sua independência política e sua luta incansável na defesa dos direitos dos trabalhadores brasileiros” e que as denúncias “são descabidas”.

Por ter foro privilegiado, o deputado só poderá ser investigado caso haja autorização do Supremo Tribunal Federal (STF).

Fernand Koda

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Coronel da reserva avisa Dep. Paulo Pereira da Silva sobre Operação da PF sobre o BNDES

Segundo a Polícia Federal, o coronel da reserva da Polícia Militar Wilson de Barros Consani Júnior, tentou avisar Paulinho (PDT-SP), na véspera da “Operação Santa Tereza” através de ligação para celular de um familiar do deputado Paulo Pereira da Silva. “Avisa o Paulinho que amanhã vai ter alguma coisa, uma operação da Polícia Federal que pode envolver o pessoal do partido”.

Wilson de Barros Consani Júnior não sabia que ele próprio estava sendo investigado e monitorado pela PF, que o aponta como um dos operadores do esquema de desvio de verbas do BNDES. 

Os grampos da PF, que chegaram em CD ao Ministério Público Federal, mostram que o coronel fez esforço intenso para informar integrantes da organização criminosa sobre a missão federal que sairia às ruas dali a algumas horas, na manhã de 24 de abril, para cumprir 11 mandados de prisão – inclusive do lobista João Pedro de Moura, amigo e ex-assessor de Paulinho.

Em outro telefonema, disse que a operação tinha como meta negócios relativos à ONGs. “Parece que sujou, a informação é lá de dentro, envolve a WE e o negócios das ONGs.” A WE é a boate que a organização teria usado para lavar dinheiro ilícito. A PF suspeita que um policial amigo de Consani “cuidou” de avisar o grupo sobre a aperação secreta.
 
Fernand Koda

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Operação “Santa Tereza”, da Polícia Federal, flagra envolvimento do Dep. Paulo Pereira da Silva – Presidente da Força Sindical

Na manhã do dia 24/04/2008, a Policial Federal deflagrou a chamada “Operação Santa Tereza”, que investiga esquema de desvio de recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Inicialmente, o alvo da PF era tráfico de mulheres e prostituição, mas no decorrer das investigações ou indícios de envolvimentos bem maiores e que se relacionavam com pessoas que montaram quadrilha que desviavam dinheiro do BNDES, resultado de financiamentos e empréstimos a diversas prefeituras e empresas privadas.

O inquérito corre na 2ª Vara Federal Criminal de São Paulo. Foram presas 9 pessoas e entre elas estava um dos advogados mais famosos de São Paulo, Ricardo Tosto. A PF fez buscas e apreensões em 18 locais suspeitos, procurando provas que incriminem os acusados.

Segundo a PF, os desvios chegavam a 5% dos valores que eram emprestados a prefeituras. Um dos empréstimos no qual teria sido flagrado, o desvio era de R$ 130 milhões, para uma prefeitura de Praia Grande/SP, cidade da baixada santista. Outros 2 empréstimos investigados, de R$ 220 milhões, foi concedido para reformas das Lojas Mariza, famoso comércio varejista.

Tosto, que tem entre seus clientes o deputado federal Paulo Maluf, é conselheiro do BNDES. Ele representa a Força Sindical no conselho do banco.

Prostituição

As investigações que resultaram na operação “Operação Santa Tereza” começaram em dezembro de 2007 para apurar denúncias sobre tráfico de mulheres e exploração de prostituição. Em nota, a PF afirma que desde o início da apuração, os policiais constataram que alguns dos investigados mantêm uma casa de prostituição em São Paulo, com faturamento elevado, constatado por cadernos e anotações de caixa, chegado a valores superiores a R$ 760 mil reais. A casa de prostituição era a forma de fazer a “lavagem” do dinheiro desviado.

Segundo a PF, “O prostíbulo somente se mantém em funcionamento porque seus proprietários oferecem, de forma contínua, vantagens ilícitas a autoridades e servidores públicos responsáveis pela fiscalização. Contra essa prática criminosa as investigações serão aprofundadas”, diz um trecho da nota.

Nas investigações, nas escutas telefônicas (autorizadas pela justiça federal) e nos relatórios da PF, várias vezes é citado o nome do Deputado Federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP). Ele é presidente da Força Sindical.

A assessoria de imprensa da Força Sindical emitiu nota dizendo que seu presidente é vítima de perseguição política, por causa de contrariar interesses das elites, como o reajuste do valor do salário mínimo, jornada de trabalho e outras ações “em prol dos trabalhadores brasileiros”. Ele ainda vem recebendo apoio das demais centrais sindicais.

O procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, decide nos próximos dias se vai abrir inquérito, ou não, para investigar o deputado.

Hoje (06/05/2008), a Executiva Nacional do PDT se reuniu em Brasília e ouviu as explicações do deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical (PDT-SP), sobre o seu possível envolvimento com o desvio de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) descoberto pela Polícia Federal durante a Operação Santa Tereza. Depois de ouvir o parlamentar, os membros da executiva disseram que o partido está solidário a Paulinho porque não vê indícios que possam incriminá-lo no relatório da Polícia Federal sobre o caso. Lembramos que a executiva nem leu o inquérito para saber se ele tem envolvimento ou não. Só confiou na palavra do Paulinho. Incrível.

A tentativa do deputado em desmerecer o trabalho da Policia Federal fica evidente quando diz que a “a PF serve a interesses da elite, que dele se vingam e para subverter os ganhos de qualidade na vida dos trabalhadores”. Apesar de simbolicamente ter tentado abrir o próprio sigilo telefônico e bancário, desdenha das ordens públicas quando diz que “não é investigado pela PF e sim apenas citado”.

A PF não o investiga diretamente, nem o acusa porque sabe que o parlamentar tem foro privilegiado (que é para esses casos de mau versacao do dinheiro publico) e que so pode ser investigado pela Supremo Tribunal Federal).

Pensamos que o fato poder atrapalhar o nobre deputado em sua tentativa de concorre a prefeitura de São Paulo, brincando ainda com o fato de “poder lhe render mais votos”. Porém pode ter razão, pois a cidade de São Paulo é conhecida por sempre colocar em cargo eletivo o ex-prefeito Paulo Maluf, hoje deputado federal, envolvido em inúmeros processos de corrupção e desvio de dinheiro público.

Fernand Koda

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Isabella Nardoni suicidou !

A Polícia Civil de São Paulo deveria investigar todas as possibilidades possíveis, mas em nenhum momento investigou a possibilidade da menina Isabella Nardoni ter suicidado.  Como ? Da seguinte forma.

Poderia uma criança de 6 anos, acordar as 23h e pouco, sozinha, no escuro, ter tido pesadelos e entrar em pânico ? Porque não, se acontece com adultos ?

Ela poderia perfeitamente ter acordado e eu pânico e sonolenta (já que acabara de acordar) e como estava escuro, bater a cabeça em algo (ou na parede, moveis, etc.) e aí, ter pegado uma faca ou tesoura, aberto o buraco na tela do quarto dos irmãos e simplesmente pulado, em crise.

Sei que é uma hipótese, mas precisaria ter sido investigado essa possibilidade.

Será que a investigação policial está no caminho certo ? Aparecem indícios de montagens de provas.

Juristas, advogados e peritos têm dados declarações e desmentido a policia, reprovando divulgações, fatos e forma errada como está sendo conduzida a investigação, por parte da policia civil, e do promotor Francisco Cembranelli, envolvidos no caso.

Só fico imaginando ser for comprovado que o casal Nardoni não tem envolvimento com a morte de Isabella Nardoni, como já aconteceu com os proprietários da escola Base, condenados e marcados para sempre. Além de muitos outros.

Caso : Escola Base (só para ajudar a lembrar do caso)

Mães e ex-proprietária de escola podem fazer acordo

Depois de quase 11 anos, a professora Paula Alvarenga, uma das ex-proprietárias da Escola Base, tenta conquistar na Justiça o direito a uma indenização. Nesta terça-feira (22/3), a partir das 15h30, a 28ª Vara Cível Central fará audiência de conciliação entre Paula Alvarenga, a comerciante Cléa Parente de Carvalho e a contadora Lúcia Eiko Tanoue Chang.

As duas rés são mães de alunos que estudavam na escola e, em 29 de março de 1994, acusaram os donos do local, professores e pais de um aluno de abusar sexualmente de seus filhos. O episódio ganhou as manchetes dos jornais e ficou conhecido como ‘Caso Escola Base’. A escola foi depredada e fechada.

Em dez dias, o delegado que apurava o caso prendeu os pais de um aluno e indiciou as duas donas da escola — entre elas Paula Alvarenga — e seus maridos. Diante da fragilidade das provas, a Justiça mandou outro delegado assumir o inquérito. As novas investigações provaram que o caso não passou de uma série de erros das mães, do delegado e da imprensa.

Depois de absolvidos, os acusados — com exceção de Paula Alvarenga — ingressaram com ação de indenização contra o estado de São Paulo. Em primeira instância, a Justiça fixou a indenização em R$ 20 mil. O Tribunal de Justiça de São Paulo reformulou a indenização para R$ 100 mil e o limite de R$ de 10 mil para ressarcimento por parte do delegado. O STJ aumentou o valor para R$ 250 mil.

Em 14 de dezembro de 1999, o então governador Mario Covas editou o Decreto nº 44.536, que autorizou o pagamento de indenização das vítimas da Escola Base. A Procuradoria-Geral do Estado fixou o valor por danos morais em 300 salários mínimos e os danos materiais seriam apurados depois.

Paula Alvarenga perdeu o prazo para mover a ação contra o estado. As acusações contra a professora foram feitas em 1994 e ela somente apresentou o pedido administrativo em dezembro de 1999, cinco anos e nove meses depois dos fatos. A legislação prevê que os pedidos de indenização contra o estado têm de ser feitos em até cinco anos. Ou seja, ocorreu a prescrição (perda do direito de ação).

Ela entrou, em agosto de 2001, com ação de indenização por danos morais contra as duas mães. O pedido é embasado em inquérito policial aberto no 6º Distrito Policial (Cambuci) para apuração de eventual crime de denunciação caluniosa. A audiência desta terça-feira será presidida pelo juiz Roberto Murillo Pereira Cimino.

Culpa é jogada em cima de delegado

Os advogados das mães isentam suas clientes do escândalo e apontam o estado como principal responsável — na pessoa do delegado — por ter divulgado antecipadamente e com segurança a materialidade de um delito sem ter concretamente efetivado a apuração.

A defesa da comerciante Cléa Parente de Carvalho alega que sua cliente não possui capacidade financeira para arcar com as despesas do pleito indenizatório porque está desempregada.

O advogado da contadora Lúcia Eiko afirma que ela em nada contribuiu para os eventos ocorridos e que apenas, na condição de mãe, requereu a apuração de eventual abuso sexual de seu filho.

‘Indubitavelmente, se houve precipitação na divulgação as informações prestadas pela ré, em sede de inquérito policial, a responsabilidade não pode ser imputada a ela, mas sim a quem tinha o dever de guardar segredo até a conclusão final das investigações”, aponta o advogado Orlando Gasparin Christianini, defensor de Lúcia Eiko.

Fonte :  Consultor Jurídico (para o Caso Escola Base)

Fernand Koda

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