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Termina em Tragédia, Desastrosa Ação do GATE, o Sequestro e Cárcere Privado das Menores Eloá Cristina Pimentel e Nayara Silva

Desastrosa operação da policia paulista, chefiada pelo o coronel Eduardo José Félix, comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar de São Paulo e do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), terminou com um trágico fim, nesta sexta-feira (17/10/2008).

O seqüestro e cárcere privado, da garota Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos e da colega de escola e amiga, Nayara Silva, também de 15 anos, por Lindembergue Alves (“o liso”), de 22 anos.

 

Lindembergue atirou nas vitimas, deixando Eloá em coma irreversível, após ter sido baleada na cabeça, com perda de massa encefálica e outro na virilha. Nayara levou outro tiro que perfurou a sua mão, atingindo o crânio, logo abaixo do nariz, entre a boca. A última foi operada neste sábado (18/10/2008) e não corre perigo de vida, conforme informações fornecidas pelo Centro Hospitalar de Santo André (ABC), onde o neurocirurgião Marco Túlio Setti, que faz parte da equipe que operou Eloá e onde se encontra a amiga Nayara, internada.

 

Lindembergue invadiu o apartamento da família da ex-namorada (Eloá), na tarde de segunda-feira (13/10/2008). Ela estava acompanhada da amiga Nayara, de 15 anos, e 2 colegas de escola. Eles fariam um trabalho para aula quando todos foram rendidos.

 

Após agredir os 2 adolescentes libertou-os e manteve Eloá e Nayara sob a mira de um revolver por 101 horas.

 

Segundo o autor, o motivo do crime foi não aceitar o fim do namoro com Eloá.

 

A desastrosa ação policial do Gate foi marcada por série de equívocos e tomadas de decisões erradas, má gerenciamento dos negociadores da polícia, erros estratégicos e invasão sem proteção apropriada das vítimas.

 

A polícia nem soube que a porta estava bloqueada, não permitindo a sua abertura prontamente, após arrombada por artefato de pólvora (bomba).

Outra coisa absurda se deve ao fato de se deixar envolver uma menor de idade, Nayara, nas negociações do seqüestro, inclusive com a permissão inadequada para a legislação da proteção de menores e adolescentes brasileiros.

 

Quando o comandante Eduardo José Félix foi perguntado por que não alvejou Lindembergue Alves antes, quanto os atiradores de elite da policia tiveram oportunidade; o mesmo respondeu que teve receio da opinião publica.

 

Resumo : Foi melhor preservar a vida do facínora Lindembergue, deixando expostas duas menores, que se confirmou a violência confessada ? Pesou mais a vida de um bandido, do que a de duas inocentes ? A tentativa de invasão, sem o conhecimento prévio total da posição e atividade do criminoso foi correta ?

 

O comando do batalhão de choque e o Gate vão ter que se explicar.

Diante de tantos erros, não fica difícil de entende, que após o fim do seqüestro, a assessoria do governo paulista chegou a anunciar que uma das reféns estava morta e depois voltou atrás. Leia a nota:

 “A assessoria de imprensa do governo do Estado esclarece que chegou a receber a informação, da área da Segurança Pública, sobre o falecimento da jovem Eloá. No entanto, em seguida, nova informação deu conta de que, felizmente, ela foi reanimada na sala de cirurgia e, neste momento, encontra-se em coma induzido e processo cirúrgico. Pedimos desculpas à família de Eloá e, junto a ela, oramos a Deus por sua recuperação. Assessoria de Imprensa do Governo do Estado de São Paulo.”

Precisa mais ?

Às 23:15, deste sábado, 18/10/2008, a morte cerebral de Eloá foi constatada pelos médicos.

 

Meus sentimentos à família.

 

Lindemberg Alves foi levado para o 6º Distrito Policial de Santo André, depois foi transferido para uma cela isolada, no CDP de Pinheiros.

O advogado Eduardo Lopes, que representou o réu durante as negociações, deixou o caso, após o fim trágico deste triste episódio.

 

Fernand Koda

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